Vale Glaciar do Covão do Urso
Também situado na vertente noroeste, o glaciar do Covão do Urso tinha origem no planalto da Torre, no local dos Conchos e dirigia-se até ao local da actual aldeia do Sabugueiro. Tinha cerca de 6,5 km de comprimento mas dissolvia-se a uma altitude igual ou superior à anterior (1.000 m).
Bruscas rupturas de declive, observadas a jusante do Lagoacho e abruptos sucessivos, observados na Nave descida parecem formar o cenário ideal para a maior moreia lateral da Serra da Estrela, correspondente à fase de maior extensão dos glaciares, prolongando-se por cerca de 3 km no meio da vegetação que, por vezes, atinge um porte arbóreo.
Percurso: 5 [Rota dos Vales Glaciares da Serra da Estrela]
Moreia do Covão do Urso Neste Vale Glaciário, o cenário montanhês permite-nos percorrê-lo exclusivamente pelo trilho assinalado no mapa, uma vez que não passam estradas contínuas por todo o vale.
Sendo somente possível uma longínqua observação do vale a partir da EN 339 que conduz ao Sabugueiro..
(aconselhável mapa Turístico do Parque Nat. da Serra da Estrela)
Saia da Torre pelo trilho a Norte, atravesse a estrada e entre no Covão Grande, passando pelo Cântaro Gordo e avistando o imenso Vale da Candieira, à direita, suspenso sobre o Vale Glaciário do Zêzere.
Percorra as Salgadeiras e siga por entre os cervunais e zimbrais até chegar ao marco geodésico do Cume.
Desça pelo trilho que segue à esquerda e avistando a Lagoa Comprida prossiga para os Charcos.
Vire à direita, agora por uma pequena estrada de macadame.
Passe pelo Covão dos Conchos e siga por entre os cervunais e blocos erráticos ali instalados pelo glaciar.
Continue o trajecto através do Covão das Lapas até chegar ao Lapão da Ronca, de onde se pode observar melhor o Vale Glaciário do Covão do Urso e o imenso cervunal que o cobre.
Daqui, o vale Glaciário segue o seu trajecto sem um trilho assinalado, sendo mais seguro o seu contorno pelo Vale do Rossim.
Atravessando a ribeira para a outra margem por entre as pedras, passe pela Fraga das Penhas e repare no contraste entre as paisagens glaciárias. As que foram deixadas para trás sofreram uma maior influência do gelo, e as que se seguem sofreram um tipo diferente de erosão, o da crioclastia.
Continue pelo trilho assinalado no mapa até à barragem do Vale do Rossim, entre castelos de rochas por entre matos de sargaço, urzes e piornais.
Siga o trilho à esquerda, atravesse a linha de água junto ao pequeno açude e prepare-se para entrar novamente na paisagem glaciária do Covão do Urso.
Descendo a encosta, observe os arcos morénicos a jusante da barragem do Lagoacho, por entre as vertentes abruptas sucessivas cobertas pela vegetação que chega, por vezes, a atingir um porte arbóreo. Daqui avista-se um cenário magnífico que faz com que a satisfação supere o cansaço e proporcione uma alenta descida, passando pela ponte e chegando ao Sabugueiro, onde o percurso termina.