Serra da Estrela

Rio Zêzere

 

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O rio Zêzere é o segundo maior rio inteiramente português. Tem um comprimento de cerca de 242 quilómetros desde a sua nascente no Cântaro Magro, na Serra da Estrela até à foz no rio Tejo em Constância. Tem uma bacia hidrográfica de 4995,7 km2 sendo os seus principais tributários os rios Alge e Nabão. O nome Zêzere vem da árvore que pode ser encontrada perto da nascente o azereiro também chamado de zenzereiro. Este rio foi descrito como um gigante de força impetuosa e desmedida, cujo  caudal pode variar desde uma torrente descontrolada no Inverno, levando tudo na sua frente, inundando os campos adjacentes devido às fortes chuvas e neves que o alimentam na nascente, passando para um caudal lento e minguado no Verão.

O Zêzere começa a tomar corpo nos covões de origem glaciária, no coração da Serra da Estrela, no sítio do Covão da Ametade. Por entre as bétulas ganha a forma de rio alimentado pelo degelo das neves. Em seguida lança-se pelo vale glaciário  entre os grandes blocos de granito, com grande velocidade devido ao declive. Da nascente até Manteigas corre quase no sentido de sul para norte.  A jusante da vila vai mudando de direção correndo de sudeste para noroeste até às imediações de Belmonte. Ai começa a inversão no seu curso de quase  180º e passa a correr de noroeste para sudeste.  Devido ao bom caudal médio durante o ano é um rio com grande potencial hidroelétrico. Possui um caudal médio anual de cerca de  42 m3 de água por segundo.

Perto da nascente no concelho de Manteigas, o rio corre rápido. As suas águas bastante oxigenadas sustentam uma população de trutas autóctones que são utilizadas na confeção de variados pratos regionais. A força das águas movidas pelo degelo das neves e das inúmeras nascentes criaram condições para que há vários séculos  se instalassem na região as primeiras indústrias  têxteis, cujas máquinas de tecelagem eram movidas pela força da água.

Bibliografia

Guia Geológico e Geomorfologico da Serra da Estrela.

“Os Mais Belos Rios de Portugal” de João Conde Veiga e Augusto Cabrita